Segundo dia

Fora esta estranha e persistente dor nos bracos, o ano comecou bem.
Comecou na verdade com uma barulheira danada. Na noite de 31 eu estava ja dormindo ou tentando dormir, ja que ha um tempo tenho acampado na sala e Juliana fica aqui comigo assistindo alguma coisa ate o raspar da meia noite. Eu geralmente sucumbo ao sono la pelas dez ou dez e alguma coisa. Ela fica.
No ultimo dia de 2008 fomos a casa da Cynthia, tia da Ju, la pelo fim da tarde e acho que ficamos ate umas oito da noite. Eu tomei uns vinhos e estava tipsy, ou, pensando em ficar bebado mas nao quase tanto.
Acordei com o choro da Melissa e a Juliana indo ve-la, no que ela apagou a luz mas esqueceu-se de fechar a porta da cozinha, na qual eu sei que uma familia inteira de perninlongos italianos (daqueles barulhentos) se esconde.
Levantei para fechar a porta, sentindo ja o estomago um pouco perturbado, tomei uma Neusaudina ja para tentar abortar uma ressaca que me visitaria no dia primeiro. Nisto, o relogio do microondas ja marcava 11:45 e estava para comecar a festa.
Deitei novamente ja sabendo que iria demorar para poder dormir. O foguetorio pareceu durar horas. A um certo ponto pensei que os meninos haviam acordado, mas quando fui ve-los dormiam angelicamente ignorando o barulho. Eu acabei dormindo no cansaco e nao sei bem a que horas.
Fiz questao de nao fazer nenhuma resolucao, para nao ficar desapontado depois por nem tentar. Fiz questao de usar uma cueca preta, para meu proprio prazer de rir de supersticoes bestas. Nao tomamos champanhe, se bem que a Ju havia comprado uma garrafa.
Interessante como os cartoes de Natal sumiram do pedaco, outra tradicao esmagada pelo avanco technologico, hoje todas as saudacoes vao por email ou orkut.
Fico aqui, meu braco cansou. Depois escrevo mais.
Juliana ligou da mae dela. Disse que irao na Paulista para ver as luzes - ultimo dia hoje - e vem aqui trazer a Melissa. Vou tomar um banho rapido.