Indirigivel

Em tempo ainda para contar a semana. Quem acompanha o meu blog sabe que a situacao aqui em casa voltou a ser como antes, ou seja, como manda o figurino tradicional masculino: eu la fora, trabalhando e a Ju de volta em casa no papel de mae.

Assim sendo, chegamos aqui no Domingo, os dois acho que felizes com a troca. Juliana nao se aguentava mais e parecia que iria explodir se ficasse naquele emprego (meus ouvidos no fim do dia tambem) . Eu por minha vez, exausto e cansado na correria diaria com os meninos.

No meio da transicao tivemos um bonus, que foi a semana que ficamos em casa e assim conseguimos terminar a cozinha. Estamos agora criando coragem e nos preparando para encarar o nosso quarto.

Eu comecei a trabalhar na terca-feira. Contrario do que eu esperava, no meu primeiro dia eu dirigi bastante. A companhia trabalha so com Vauxhall (Chevrolet no Brasil) e parece quem tem tambem uns SAABs. Os carros sao impecaveis, na sua maioria novinhos com no maximo umas tres mil milhas. Uns poucos que tem uma milhagem maior, sao os que nos levamos num processo quase diario para uma garagem enorme onde os carros sao entregues por que foram vendidos. Num dia normal eu perco a conta de quantos carros diferentes eu dirijo.
A atencao necessaria eh enorme, pois eu pulo de um Astra manual, para um Vectra turbo diesel automatico e passo depois para um Zafira e assim adiante, a potencia do carro as vezes me pega de surpresa e isto requer uma atencao permanente, principalmente no estacionamento do escritorio, que eh cheio de carro e eu fico tendo que fazer manobras que sao um verdadeiro desafio para mim. As vezes eles me pedem para estacionar um carro de re, numa rampa inclinada, entre outros dois carros e o espaco eh minimo... eu saio do carro com as pernas ate bambas e suado de tanto esforco que faco. Mas todos os dias tenho sido presenteado com uma viagem grande de umas tres a quatro horas e que eh bem melhor do que os pequenos 'passeios' que as vezes tenho que ficar fazendo nos arredores do escritorio. Em suma, estou curtindo dirigir, ficar na rua, especialmente em carros novinhos e com o ar condicionado quente no maximo.

Na semana passada fez um frio terrivel e ir de moto para o trabalho era coisa de masoquista. Meus dedos quaze nao funcionavam mais quando eu finalmente estacionava a moto. Teve dois dias em que o assento da moto estava branquinho de gelo, eu dava uma raspadinha, respirava fundo e sentava, o saco reduzindo-se imediatamente ao tamanho de uma azeitona. O problema e que nao tenho mais roupas de motoqueiro e a esta altura do campeonato nao quero fazer este investimento, alem do mais, para um otimista como eu, a primavera esta logo ali na esquina.

Ainda com relacao ao trabalho, ouvi muita reclamacao do pessoal que ja esta la, mas isto nao me surpreende. Acho que da pra ir levando e pagando as contas ate a metade do ano. A grande vantagem eh que sou um empregado casual, o que significa que posso trabalhar quantos dias eu quizer - o pessoal la geralmente trabalha tres - mas na minha primeira semana eu trabalhei todos os dias desde terca-feira, incluindo o sabado.

Ontem o Emerson apareceu por aqui e nos ajudou a resolver o problema da luz, que nao funcionava na cozinha. So amigos mesmo pra dizer que o problema era simples, se tivessemos que chamar um eletricista, teriamos pagado uma nota.

De folga mesmo tive somente hoje, mas foi um dia chuvoso, chato. A conversa com a Tina me deixou de muito baixo-astral, mas nao se pode fugir da realidade de certas coisas e saber eh preciso ( isto tudo eh delicado demais pra colocar neste blog), so quero dar a entender o estado de espirito no qual me encontro.

Mas eh isto, e esta foi a semana. Fiquei muito triste de ter perdido a chance de falar com a Chiara antes que ela fosse pra Curitiba. Vai saber-se la quando poderei falar com ela agora. Nesta semana recebi um email do Xandre, em resposta a um meu. Fiquei muito feliz com o que ele disse, mas eh cedo ainda pra saber se havera progresso nesta situacao. Tudo parece depender, infelizmente, de uma so pessoa.

Fui