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Tuesday, August 23, 2005

Jacque

Nao eh culpa do Orkut desta vez. Nao sei...no inicio as coisas aconteciam e eu nao via a hora de vir aqui e escrever sobre elas. Acho que deixei desligar sem querer esta parte de mim que gosta de escrevinhar sobre tudo, ou talvez seja efeito colateral dos meus ensaios (essays) mensais e que quando os termino nao quero escrever mais nada.


Falando em essays... apenas comecei as leituras esta semana para o meu ensaio final. Nao vai ser facil e pretendo comeca-lo o quanto antes - pelo menos algumas horas antes - ja que desta vez nao terei extensao. Sera que eu aprendi?

Sabado passado a Juliana troucou de moto. Agora ela tem uma vespa 125, bem maior, mais potente e com rodas maiores. Passamos a manha de sabado toda nesta loja, a Ju e o Tomas babando em cima das motos e os meninos mexendo em tudo e eu achando que Infelizmente a moto da Ju nao durou muito tempo. Hoje quando ela ia pro trabalho a moto pifou no meio da estrada, vazou oleo e acabou tendo que ser rebocada de volta pra loja. A tarde eles examinaram a moto e ficou decidido que ela voltara pra fabrica pois o problema nao tem conserto e amanha a Ju volta la pra pegar uma moto nova.

Domingo foi um dia bonito. Fez sol e estava calor. Eu fiz a minha corrida recorde durante a manha, quaze chegando onde os canais daqui encontram o rio Tamisa. Nao sei dizer em kilometros quantos foram, mas acredito que uns dez. Meu corpo ja nao doi mais apos as corridas e a cada dia eu tento correr uma distancia maior sem parar. Ja comecaram a dizer que a minha barriga esta sumindo, o que me anima bastante. Mas o mais interessante e que estou curtindo correr - eu sempre achei que correr era o maior saco e um esporte pra quem realmente nao tem imaginacao - agora nao; sinto prazer de voltar suado e contente com a minha consistencia. Tambem tenho tentado comer menos, o mais dificil que preciso fazer agora e tentar parar de beber tanto cafe.

Domingo a noite eu liguei para a minha mae e fiquei sabendo da morte de minha prima Jacque no Sabado de madrugada. Jacque sempre foi minha prima mais proxima e sempre tivemos um querer-bem um pelo outro desde que eramos pequenos e eu ainda morava em Maringa. Depois disto, quando eu morava em Santa Helena e depois em Curitiba, sempre que ia pra Maringa, a Jacque era sempre quem eu pensava e queria ver. Me lembro sempre da sua fe, e de como varias vezes tentou compartilhar comigo desta forca que ela sentia, me dizendo com entusiamo, paixao, e olhos brilhandos, deste amor por Deus que ela sentia. Me lembro de uma vez que fomos a uma livraria e ela comprou um livro pra mim sobre fe e de outra vez que a visitei em Maringa com a Birgit( uma ex-namorada) e eu acabei indo na missa com ela, onde fui apresentado a todos durante a cerimonia. Acho que devo te-la decepcionado um pouco por nunca retornar ou demonstrar o mesmo sentimento. Minha fe eh bem mais rasa e se evaporou toda, principalmente durante o periodo que vivi em Roma. Porem, esta diferenca nunca nos separou. Minha familia eh problematica (para nao usar outros nomes em paginas virtuais tao brancas), e entre criticas que sofri, Jacque jamais me abandonou ou me criticou.
Nos encontramos na Italia tambem, em um outro momento dificil apos o falecimento da minha tia Deise. Ali Jacque passou mal acho que pela primeira vez e acabou no hospital. Nao me lembro bem qual era o problema. Me lembro indo visita-la no hospital, de longas conversas que tivemos. Eu confiava totalmente na Jacque, ela tinha ela tinha esta bondade e eu sentia este carinho dela por mim que a confianca vinha espontaneamente. Para uma pessoa tao linda e com tanta fe, a vida realmente apresentou varios testes. Voces com fe devem entender como pode isto, eu nao.
Sinto que voce tenha tido que sofrer tanto, todos estes anos, pra ir assim. Nao me leve a mal, mas sinto um alivio por voce, pois para alguem tao cheia de paixao e de vida, ficar tanto tempo de cama e sob medicamentos deveria ser realmente uma tortura, mesmo, pelo que eu saiba, voce nunca tenha reclamado. Amo voce minha priminha. Descanse em paz.

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