Antes de mais nada, no meu ultimo blog eu critiquei o dia dos namorados como sendo uma data meramente comercial. Na verdade o que eu quero dizer (e isto sem ter recebido nenhum feed-back sobre o meu comentario, nem da Juliana) e que eh comercial sim, ate descaradamente as vezes, por que se nao fosse voce teria datas especiais que ate coincidiriam ( cairiam no mesmo dia ou semana por exemplo) mas da pra ver que as datas sao cuidadosamente separadas por almenos um mes, para dar tempo de voce receber pelo menos um pagamento entre uma data e outra e nao comprar um presentinho qualquer pra sua mae, por que o dia dos pais e logo na semana que vem e voce tem que dividir a grana entre os dois.
Mas aparte este querer meter a mao no meu bolso, o mais insultante ainda e a reducao de importancia destes papeis de mae, pai, namorada, mortos, a quem eh apontado um dia no calendario para ser lembrado. Nao deveriamos nos lembrar destas pessoas todos os dias? Eu respeito, amo minha mae todos os dias, e telefono para ela toda semana. Por que eu preciso esperar o dia das maes para dizer ou fazer tudo isto? Ah, o presente? Nao moramos no mesmo pais, mas sempre quando vou visita-la eu levo um presente.
Minha esposa? Ju tem sido minha namorada ha mais de dez anos e eu acho que ja disse mais ' te amo' do que ' bom dia' pra ela ( considerando-se as vezes que durmo pouco e acordo mal humorado - compenso mais tarde com os 'te amo'). Nao espero uma data. Flores? Plantei duas roseiras, estou esperando... Mas dei os presentes que quiz dar pra Ju, e acho muito mais interessante dar um presente quando nao tem ninguem ou data nenhuma lhe forcando.
Mas vai saber... Quem sabe as pessoas realmente precisem da TV, jornais e revistas lembrando-os que aquela pessoa ou data existe. Mas isto para mim e um sintoma de que o reconhecimento nao e tao frequente como deveria ser. Me emputesse este cinismo comercial, mas o que neste mundo nao e sobre dinheiro hoje em dia?
Hoje e meu aniversario. Quarenta e dois anos, ja pensou? Meu como o tempo passa! Lembro-me quando queria fazer dezoito ha vinte e quatro anos atraz. Nao vou fazer muita reflexao aqui, por que o tempo e curto e logo devo buscar o Luca na escolinha. Tanta coisa pra fazer ainda... Ainda bem que apareceu a Ju para me dar uma acordada. As vezes eu peco a ela para imaginarmos onde estariamos se nao tivessemos nos encontrado; Ela cresceu em confianca e hoje diz que eu ganhei na loteria ao encontra-la - senao estaria ainda la na cozinha de algum restaurante ou trabalhando de garcon e sonhando com coisa melhor (nada de errado com as profissoes, mas significaria que eu estaria fazendo a mesma coisa por mais de vinte anos sem progresso nenhum). Gracas aos empurroes dela a gente ate que fez alguma coisa e esta trabalhando duro pra fazer outras mais. Eu sou metido tambem, e acho que marido assim ela nao arrumaria em qualquer boteco. O interessante e que as vezes eu sinto que atravessei um anel de meteoros pra chegar ate ela, ou seja, me moldei no que sou com as pancadas.
Ontem estava para ir dormir, depois de uma sessao de blog surfing. Dai resolvi ligar para a minha mae e deu ocupado. Enquanto esperava um pouco resolvi ligar a TV e dai foi, acabei me enrroscando num filme e fique acordado ate meia-noite e meia. (Crimson Tide com o Gene Hackman e Denzel Washington, muito bom). Fico puto quando sou fisgado assim pela TV, que idiota.
Li ontem no jornal que o Barcelona comprou o Robinho. o Jornal falava que se o nome comeca com 'R' e termina com 'O', os Europeus compram mesmo (pense, Romario, Ronaldo, Ronaldinho, Rivaldo, Roberto Carlos, etc).
Entao, nada especial hoje. O inchacao na cabeca do Adriano diminuiu bastante e ele esta super bem humorado esta manha. Luca esta meio gripado e fica mais dengoso do que o normal, mas foi pra escolinha de bicicleta e nao deu trabalho. Desliguei a TV hoje de manha e dei a eles uma dose bem saudavel de Beattles. O Luca perguntou onde eu comprei musica gostosa. e Adriano chacoalhou o corpinho com She loves you, A hard day's night, I want to hold your hand, Love me do, etc. Para celebrar os anos sessenta.
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